O controle da exposição pode ser feito pelo afastamento do trabalhador da área contaminada, de forma temporária ou por toda a jornada de trabalho. Para isso, é necessário algum investimento no equipamento ou operação, de modo que o trabalhador não precise ficar todo o tempo próximo da fonte de emissão.
Vale ressaltar que a maioria dos Limites de Tolerância é definida como sendo um valor de concentração médio diário, por 8 horas. Assim, mesmo que a emissão não tenha sido adequadamente controlada, e ainda haja concentração potencialmente nociva ao trabalhador, seu afastamento do local por algum período diminui a concentração média diária e a exposição pode se tornar tolerável.
Outras formas de controle da exposição do trabalhador aos agentes nocivos são: implantação de sistemas que impeçam ou dificultem a formação das poeiras, névoas, gases ou vapores ou sistemas de exaustão para retirada desses materiais do ambiente de trabalho, especialmente do local onde o trabalhador exerce suas atividades diárias.
Entre essas formas de controle, pode-se citar o umedecimento de produtos granulados ou na forma de pós para evitar a sua propagação, enclausuramento e medidas de segurança para evitar emissões de gases e vapores; ou sistemas de exaustão em locais onde são geradas névoas, poeiras, fumos, gases ou vapores.
Pode-se também utilizar um equipamento de proteção respiratória.
Existe uma grande diversidade de equipamentos de proteção respiratória. Eles podem ser divididos em dois tipos: respiradores que recebem ar de fora e respiradores que filtram o ar existente no local de trabalho. O primeiro é conhecido como respirador de adução de ar, e o segundo como respirador purificador de ar.
Nos respiradores de adução de ar, o ar que chega na zona respiratória do usuário é tomado externamente à área de trabalho e pressurizado, através de um compressor ou em cilindros pressurizados. A qualidade do ar é controlada e deve ser avaliada periodicamente. As peças faciais, também conhecidas por coberturas faciais, podem ser do tipo semifacial, facial inteira, capuz ou capacetes.
Os respiradores filtrantes, como o próprio nome indica, possuem filtros que purificam o ar, retirando dele particulados, gases ou vapores. Gases e vapores são também chamados de gasosos.
Por serem bastante diferentes, filtros para retenção de gasosos possuem constituição completamente diferente de filtros para particulados. Os filtros para particulares são constituídos por uma manta de fibras de polímeros plásticos muito finos não tecida, com tratamento eletrostático.
Os filtros para gasosos são constituídos por materiais adsorventes, tipo carvão ativado, tratados ou não tratados quimicamente para a retenção desses contaminantes. Por isto, é importante conhecer os contaminantes presentes no ambiente de trabalho e suas características físico-químicas.
Filtros para gases e vapores não funcionam para particulados e filtros para particulados não funcionam para gases e vapores.
Vários cuidados devem ser tomados com os respiradores. Nos respiradores do tipo adução de ar, a qualidade do ar que chega até o respirador deve ser controlada de forma que obedeça a alguns requisitos de qualidade. Nos respiradores filtrantes deve-se ter o cuidado de selecionar o filtro que seja eficiente para retenção dos contaminantes presentes. Os filtros devem ser substituídos periodicamente, de acordo com o ambiente de trabalho e o uso do equipamento de proteção.
Um programa de proteção respiratória bem elaborado e implementado pode garantir a eficácia no uso do equipamento de proteção respiratória e amenizar a exposição do trabalhador aos agentes nocivos presentes no ambiente.
Este artigo finaliza a sequência de artigos especiais para celebrar os 30 anos do PPR. Amanhã retornaremos aos artigos semanais com a apresentação de um caso sobre os perigos dos produtos químicos de usos domésticos. Esperamos que tenham gostado.
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